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Reuben (Le Mairteoil Shaillte): receita e harmonização vinho

Reuben (Le Mairteoil Shaillte): receita e harmonização vinho

Reuben (Le Mairteoil Shaillte) e harmonização vinho: um clássico de conforto à mesa portuguesa

Se adoras sanduíches bem recheados, com camadas de sabor e aquela combinação irresistível de salgado e ácido, o Reuben (Le Mairteoil Shaillte) vai cair-te que nem uma luva. Este ícone de conforto food, cheio de personalidade, ganha nova vida quando chega à mesa em Portugal, acompanhado de uma boa harmonização vinho com grandes vinhos portugueses.

Imagina: mairteoil shaillte (carne de vaca curada ao estilo corned beef), cáis Swiss bem derretido e elástico, arán rye (pão de centeio) tostado na manteiga e um toque ácido de chucrute ou pickles a cortar a riqueza da gordura. Tudo num só bocado, perfeito para partilhar num jantar descontraído com amigos, ou num almoço de domingo sem pressas.

E porque em Portugal nenhuma boa receita está completa sem um copo ao lado, vamos explorar também o melhor vinho para Reuben (Le Mairteoil Shaillte), com sugestões acessíveis (entre 6€ e 15€), fáceis de encontrar em lojas como a Garrafeira Nacional ou o El Corte Inglés. No fim, vais ter um prato reconfortante e uma harmonização afinada, pronta para ser guardada na tua app Vinomat.

Sobre o Reuben (Le Mairteoil Shaillte)

O Reuben é um sanduíche clássico norte-americano, associado sobretudo a Nova Iorque e ao universo dos delis judeus ashkenazi, onde o corned beef (a nossa mairteoil shaillte, carne de vaca curada em salmoura com especiarias) é rei. Tradicionalmente, junta pão de centeio, carne curada fatiada, queijo suíço, chucrute e um molho cremoso à base de maionese e ketchup (tipo molho russo ou Thousand Island).

O nome e a origem exata são discutidos, mas o que interessa é que o Reuben se tornou um ícone de comida de conforto: quente, generoso e cheio daqueles sabores que pedem um gole de vinho entre dentadas. Embora se tenha popularizado nos EUA, a sua alma é claramente europeia: pão de centeio, carnes curadas, couve fermentada, queijo… ingredientes que também fazem parte da memória gastronómica de muitos países do centro e norte da Europa – e que não são estranhos à mesa portuguesa.

Em Portugal, o pão de centeio já faz parte do nosso quotidiano, especialmente no norte e centro, e a paixão por enchidos, fumeiro e carnes curadas permite-nos abraçar facilmente o espírito do Reuben. O desafio é adaptar o sanduíche ao nosso gosto, mantendo o perfil salann (salgado) e géar (ácido), que são a alma do prato, mas sem perder a ligação aos nossos vinhos.

É aqui que entra a magia da harmonização vinho: o contraste entre a gordura da carne e do queijo e a acidez do vinho cria um equilíbrio viciante. O resultado é um prato perfeito para quem gosta de experimentar sabores de outras paragens sem perder de vista o copo de vinho português na mão.

Ingredientes-chave e o seu papel no sabor

O Reuben (Le Mairteoil Shaillte) parece simples à primeira vista, mas cada componente tem uma função importante no prato – tanto no sabor como na forma como o vinho se comporta ao lado do sanduíche.

Mairteoil Shaillte (corned beef)

A mairteoil shaillte é carne de vaca curada em salmoura com sal, açúcar e especiarias, depois cozida lentamente até ficar macia e suculenta. O seu sabor é:

  • Intensamente salgado (salann)
  • Levemente especiado
  • Rico em gordura e colagénio

Tudo isto pede vinhos com acidez viva para limpar o palato e, no caso dos tintos, taninos domados para não entrar em choque com o sal.

Se não encontrares corned beef já pronto, podes usar pastrami ou carne de vaca cozida curada e fatiada muito fina, que é exatamente o que algumas versões do Reuben fazem.

Cáis Swiss (queijo suíço)

O queijo suíço (Swiss cheese, como Emmental ou Gruyère) traz gordura, doçura láctea e notas de frutos secos e manteiga. Ao derreter, envolve a carne e ajuda a ligar o sanduíche.

Para a harmonização vinho, esta gordura adicional pede:

  • Vinhos brancos com boa acidez e algum corpo (por ex., Encruzado, Arinto)
  • Tintos com textura macia e fruta madura, que não sejam demasiado tânicos

Arán Rye (pão de centeio)

O pão de centeio tem sabor mais marcado, ligeiramente terroso e ácido, com textura densa e um leve dulçor de cereais. Quando tostado na manteiga, ganha notas de caramelo e frutos secos que conversam lindamente com vinhos envelhecidos em madeira.

O centeio introduz também uma pequena sensação de acidez e rusticidade, o que encaixa bem com vinhos com perfil gastronómico, como muitos tintos do Douro ou Dão.

Salann & Géar: sal e acidez como fio condutor

O encanto do Reuben está no equilíbrio entre:

  • Salann (salgado) da mairteoil shaillte e do queijo
  • Géar (ácido) do chucrute ou pickles e, em menor grau, do pão de centeio

Este jogo de contrastes é um sonho para a harmonização vinho: a acidez do vinho soma-se à acidez do recheio para cortar a gordura, e o álcool e a fruta amparam a intensidade do sal. Quando escolhes um bom vinho para Reuben (Le Mairteoil Shaillte), sentes literalmente o sabor a abrir no palato.

Receita: Reuben (Le Mairteoil Shaillte) clássico à moda portuguesa

Abaixo encontras uma versão fiel ao espírito do Reuben original, mas pensada para ser facilmente executada em casa em Portugal.

Informações gerais

  • Doses: 2 sanduíches grandes (recheadas)
  • Tempo de preparação: 15 minutos
  • Tempo de confeção: 10 minutos
  • Tempo total: cerca de 25 minutos
  • Dificuldade: Fácil

Ingredientes

Para as sanduíches

  • 4 fatias grossas de pão de centeio (arán rye)
  • 200–240 g de mairteoil shaillte fatiada muito fina (ou pastrami/carne de vaca curada)
  • 4–6 fatias de cáis Swiss (Emmental ou Gruyère)
  • ½ chávena de chucrute bem escorrido (ou pickles finamente picados, se preferires)
  • 2–3 colheres de sopa de manteiga em pomada

Para o molho cremoso (tipo Thousand Island simplificado)

  • 4 colheres de sopa de maionese
  • 1 colher de sopa de ketchup
  • 1 colher de chá de mostarda dijon ou mostarda tradicional
  • 1 colher de chá de sumo de limão
  • 1 colher de chá de pepinos em pickle muito picadinhos (opcional)
  • Sal e pimenta preta q.b.

Passo a passo

  1. Preparar o molho

Numa taça pequena, mistura a maionese, o ketchup, a mostarda e o sumo de limão até obteres um creme homogéneo. Junta os pickles picados, se estiveres a usar, ajusta o sal e a pimenta e reserva no frio.

  1. Preparar o pão

Tosta ligeiramente as fatias de pão de centeio numa frigideira seca ou torradeira, só até ficarem mornas e com uma crosta leve. Isto ajuda o pão a não ficar encharcado com o recheio.

  1. Montar as camadas
  • Barra o lado interior de cada fatia de pão com o molho.
  • Em duas das fatias, distribui o chucrute bem escorrido.
  • Por cima, coloca 2–3 fatias de queijo suíço em cada sanduíche.
  • Cobre com a mairteoil shaillte fatiada generosamente.
  1. Fechar e barrar com manteiga

Fecha cada sanduíche com as fatias de pão restantes, com o lado com molho virado para dentro. Barra o exterior de cada lado com manteiga em pomada, como se estivesses a preparar uma tosta mista especial.

  1. Tostar na frigideira ou grelha

Aquece uma frigideira antiaderente ou grelha em lume médio-baixo. Coloca as sanduíches e deixa tostar 3–4 minutos de cada lado, pressionando ligeiramente com uma espátula, até o pão ficar bem dourado e o queijo derreter.

  1. Descansar e servir

Retira do lume, deixa repousar 1 minuto para o queijo estabilizar e corta ao meio na diagonal. Serve imediatamente, bem quente.

Informação nutricional aproximada (por sanduíche)

> Valores médios, irão variar consoante as marcas e quantidades usadas.

  • Energia: 650–750 kcal
  • Proteína: 30–35 g
  • Gordura total: 35–40 g (destas, 18–20 g saturadas)
  • Hidratos de carbono: 45–55 g
  • Fibra: 4–6 g
  • Sal: elevado (devido à carne curada e ao queijo)

Perfil alimentar

  • Contém glúten, lactose e produtos de origem animal.
  • Não adequado para dietas vegetarianas, veganas ou sem lactose.
  • Se precisares de reduzir o sal, opta por queijo com menos sal e modera a quantidade de carne curada.

Harmonização vinho: o melhor vinho para Reuben (Le Mairteoil Shaillte)

A pergunta que interessa: qual vinho escolher para este sanduíche intenso e guloso? A combinação de salann (salgado), géar (ácido), gordura e especiarias pede vinhos com:

  • Acidez firme, para refrescar o palato
  • Corpo médio a cheio, para acompanhar a riqueza do prato
  • Taninos médios e maduros (no caso dos tintos), para não ressaltar o sal
  • Boa expressão de fruta, que contrabalança a intensidade da carne curada

1. Tintos do Douro

Um tinto Douro jovem ou de perfil moderno, com fruta preta madura, boa acidez e taninos polidos, é uma escolha quase perfeita como vinho para Reuben (Le Mairteoil Shaillte). A estrutura acompanha a carne e o queijo, enquanto a frescura equilibra o sal e a gordura.

  • Procura vinhos de gama 8€–15€, facilmente encontrados na Garrafeira Nacional ou no El Corte Inglés.
  • Evita estilos demasiado extraídos ou muito marcados pela madeira nova.

2. Alentejo tinto fresco

Do Alentejo, escolhe tintos com perfil mais fresco e menos alcoólico, muitas vezes de zonas mais altas ou com castas como Trincadeira e Aragonez em equilíbrio.

  • A textura macia combina bem com o queijo derretido.
  • A fruta madura envolve o lado mais salgado da mairteoil shaillte.

Na faixa dos 7€–12€ encontras muitas opções alentejanas gastronómicas, tanto em garrafeiras como em cooperativas locais.

3. Brancos do Dão ou Vinho Verde mais estruturados

Se preferes branco, a chave é ter acidez alta e algum corpo:

  • Dão branco (Encruzado, Malvasia Fina, Bical): boa estrutura, acidez equilibrada e, por vezes, um leve estágio em madeira que conversa com o pão tostado e o queijo.
  • Vinho Verde de gama superior, mais seco e estruturado (Alvarinho, Avesso): acidez vibrante para cortar gordura e sal, notas cítricas e minerais a combinar com o toque géar do chucrute.

Aqui, faixas de 9€–15€ nas secções de vinhos do El Corte Inglés dão-te muitas opções de qualidade.

4. Alternativas internacionais: França, Espanha e Itália

Se te apetecer viajar no copo:

  • França: um Beaujolais (Gamay) frutado e leve em taninos é excelente para sanduíches com carnes curadas.
  • Espanha: Rioja jovem ou crianza, com fruta vermelha, acidez correta e taninos médios.
  • Itália: um Chianti jovem, com a típica acidez da Sangiovese, é um parceiro natural para pratos com tomate, queijo e carnes curadas.

Todos estes estilos são relativamente fáceis de encontrar em lojas especializadas como a Garrafeira Nacional.

Vinomat: o teu atalho para a harmonização vinho perfeita

Se quiseres ir mais longe na harmonização, experimenta registar esta receita de Reuben (Le Mairteoil Shaillte) na app Vinomat. A partir do perfil salgado e ácido do prato, a app sugere-te automaticamente os melhores vinhos portugueses e internacionais dentro do teu orçamento, ajudando-te a escolher a garrafa ideal em segundos.

Dicas e técnicas para um Reuben perfeito

Um bom Reuben vive do equilíbrio entre textura, temperatura e intensidade de sabor. Alguns truques fazem toda a diferença:

  • Escorre bem o chucrute: se estiver demasiado húmido, vai encharcar o pão e diluir o sabor do molho. Espreme-o suavemente com as mãos ou num pano limpo.
  • Não poupes no recheio: o Reuben é um sanduíche generoso. Uma camada tímida de carne e queijo perde o impacto.
  • Tosta lenta em lume médio-baixo: evita lume forte, que queima o exterior antes de o queijo derreter. Paciência aqui é ouro.
  • Manteiga em pomada: espalha melhor no pão, garantindo uma crosta uniforme e dourada.
  • Pão de centeio de qualidade: escolhe um pão com sabor marcado e boa estrutura. Se quiseres, compra numa padaria artesanal ou prepara o teu próprio pão de centeio em casa, como nas receitas de pão de centeio de padeiros artesanais.
  • Equilibra sal e acidez: prova o molho antes de montar o sanduíche; se a carne estiver muito salgada, aumenta ligeiramente o toque de limão ou pickles no molho para contrabalançar.

Na hora de escolher o vinho para Reuben (Le Mairteoil Shaillte), lembra-te: se o sanduíche estiver mais intenso em acidez (muito chucrute), um tinto mais macio ou um branco com boa fruta pode funcionar melhor; se estiver mais pesado na carne e no queijo, tintos do Douro ou Alentejo com boa estrutura vão brilhar.

Sugestões de serviço e apresentação

Este não é um sanduíche tímido – por isso, serve-o em grande:

  • Corte diagonal: além de bonito, mostra as camadas de mairteoil shaillte, queijo e chucrute a escorrer ligeiramente.
  • Acompanhamentos: batatas fritas caseiras, batatas rústicas no forno, salada de repolho tipo coleslaw ou uma salada verde simples com vinagrete ácido, para reforçar o lado géar do prato.
  • Molho extra à parte: serve um pouco do molho cremoso num ramequim para quem quiser mergulhar o sanduíche.
  • Temperatura do vinho:
  • Tintos do Douro/Dão: ligeiramente refrescados (15–16 ºC) para manter a frescura.
  • Tintos do Alentejo: 16–17 ºC.
  • Brancos (Dão, Vinho Verde): 9–11 ºC, para realçar a acidez e a fruta.

Cria um ambiente descontraído, tipo jantar de tapas à portuguesa: vários Reuben cortados em metades ou quartos, uma tábua de queijos e enchidos, alguns pickles e, claro, uma seleção de vinhos portugueses escolhidos com a ajuda da Vinomat. É o tipo de refeição que convida à conversa, a “mais um bocadinho” e a explorar novas combinações de harmonização vinho.

Conclusão: um clássico estrangeiro com alma à portuguesa

O Reuben (Le Mairteoil Shaillte) pode ter nascido longe, mas encaixa-se na nossa mesa como se fosse da casa: pão de centeio saboroso, carne curada intensa, queijo derretido e aquele toque géar que pede um bom copo de vinho. Ao juntares esta receita às tuas preferidas e explorares o melhor vinho para Reuben (Le Mairteoil Shaillte) – de um Douro elegante a um Dão branco vibrante – estás a transformar um simples sanduíche numa verdadeira experiência gastronómica.

Deixa que a Vinomat te ajude a descobrir, garrafa a garrafa, novas formas de harmonização vinho com este prato e com outros clássicos da tua cozinha. Afinal, em Portugal, comer bem e beber melhor é coisa séria – e este Reuben está pronto para entrar nessa história.